O Iluminismo e a Revolução Francesa


O Iluminismo se opunha ao período da Idade Média, em que a Igreja controlava a cultura e a sociedade. Esse movimento criticava o governo absolutista e era contra a união entre o governo e a religião. Ele pregava a liberdade, a igualdade e a fraternidade.
Os iluministas lutavam contra o misticismo e as superstições; defendiam a educação popular e a tolerância religiosa, acreditavam que as pessoas podiam criar um mundo melhor, realizar inventos e controlar a natureza por meio da ciência.
O Barão de Montesquieu, filósofo, criticava o poder absoluto dos reis e defendia os três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
Jean-Jacques Rousseau, também filósofo, criticava o poder absolutista e defendia a soberania popular (governantes submetidos à vontade do povo).
Governantes absolutistas que demonstravam estar a favor do iluminismo - para evitar a insatisfação popular e tornar a administração do reino mais eficiente - ficaram conhecidos como déspotas.
Alguns déspotas famosos são:
Catarina II, da Rússia
José I, de Portugal
Frederico II, da Prússia
José II, da Áustria
Carlos III, da Espanha


Adam Smith, em 1776, publicou seu livro "Investigação sobre a causa da riqueza das nações", que tornou-se base do pensamento econômico liberal.


Por volta de 1780, a França era a segunda nação mais populosa da Europa, com cerca de 25 milhões de habitantes.
A população dividia-se em três Ordens ou Estados.
O Alto Clero fazia parte do Primeiro Estado, e o Segundo Estado era formado pela nobreza. Essas duas camadas representavam 2% da população francesa da época. Não pagavam impostos.
O Terceiro Estado representava 98% da população francesa. Nele havia desde ricos burgueses a pobres trabalhadores. Entre eles, havia também uma camada bem diversificada, formada por artesãos, camponeses, entre outros. Era sobre eles que recaía o peso dos impostos cobrados pelos monarcas.
A França estava em crise, e a saída era a reforma fiscal. Para aprovar uma mudança, o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, uma grande assembleia com representantes dos três Estados. Nessa votação, por Estado, o Terceiro estado perdeu, como sempre, para o clero e a nobreza, que votavam juntos.
A liderança burguesa se revoltou, pressionando o rei para reconhecer a Assembleia Nacional Constituinte e fazer com que o clero e a nobreza se juntassem ao Terceiro Estado. O rei cedeu e o Terceiro Estado passou a elaborar uma constituição.
Em 14 de julho de 1789, os parisienses, afetados pelas dificuldades econômicas e pela escassez de alimentos, concentraram-se em frente à Bastilha, uma prisão e arsenal real. Era o símbolo do absolutismo francês. A manifestação terminou com a tomada da prisão pelos populares.
Em agosto de 1789, a Assembleia Nacional Constituinte aboliu as obrigações feudais que pesavam sobre os camponeses. Em seguida, aprovou a Declaração dos Direitos do HOMEM e do Cidadão, que estabelecia a igualdade e a liberdade, além da garantia à propriedade privada. Em setembro de 1791, uma Constituição foi aprovada. O monarca estava subordinado à Constituição, a organização política ficou dividida em três poderes independentes, o voto censitário foi estabelecido (só os que tinham determinada renda podiam votar), a escravidão nas colônias foi mantida e o livre-comércio e a livre-iniciativa seriam permitidos para os negócios.
Em junho de 1791, a família real tentou fugir da França com destino à Áustria, no entanto o rei foi descoberto, preso com sua família e eles foram guilhotinados em praça pública.
Dois grupos políticos acabaram se destacando: O dos Jacobinos e o dos Girondinos. Os Jacobinos queriam uma mudança radical, representando a pequena burguesia e a classe média. Seu principal líder foi Robespierre, que prendeu e executou todos os que se opunham aos jacobinos. Mais de 300 mil pessoas foram presas e cerca de 17 mil foram guilhotinadas. Os Girondinos queriam uma mudança parcial, representando os interesses da grande burguesia comercial.
Os avanços políticos conquistados pelos franceses durante o período revolucionário influenciaram a luta por direitos políticos em todo o mundo. O Antigo Regime foi fortemente abalado e as estruturas feudais foram extintas. Tal feito se espalhou por todos os lugares, marcando o início da Idade Contemporânea.

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