As Crises na América portuguesa


O modelo de colonização implantado na América portuguesa seguia a DIT.
Na segunda metade do século XVII, Portugal perdeu a maior parte de suas colônias no Oriente e o monopólio da produção de açúcar na América. Para sair dessa crise, Portugal decidiu aumentar os impostos nas colônias e proibir a instalação de manufaturas nelas.

Conjuração Mineira


A partir de 1760, o ouro começou a ficar escasso, levando os mineradores a atrasar o pagamento dos impostos e, consequentemente, o dinheiro nos cofres da Coroa foi diminuindo.
As autoridades alegavam que o não pagamento dos impostos era causado por sonegação, contrabando e fraudes, fazendo com que  a Coroa instituísse a Derrama em 1765, garantindo o pagamento das 100 arrobas por meio de confisco dos bens dos moradores da capitania de Minas Gerais.
Influenciados pelos princípios iluministas (postagem 1 e postagem 2), a elite letrada de Minas passou a se reunir em Vila Rica para planejar uma revolta contra o domínio da metrópole.
Essas reuniões ocorriam na casa do tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade. Entre as propostas dos participantes, destacavam-se a proclamação de uma república em Minas Gerais, a fundação de uma universidade em Vila Rica, o desenvolvimento de manufaturas têxteis e de siderurgia, o perdão das dívidas com a Fazenda Real e o livre-comércio. A maioria dos participantes defendia a continuidade da escravidão.
Os conjurados decidiram que a rebelião ocorreria no mesmo dia que o decreto da derrama. No entanto, Joaquim Silvério dos Reis delatou os companheiros em troca do perdão de suas dívidas com a Coroa. Todos os conjurados foram presos e levados ao Rio de Janeiro, nova capital da colônia, acusados de trair a confiança da rainha.
Os mais poderosos livraram-se das acusações ou receberam castigos mais leves. Alguns tiveram prisão temporária, outros prisão perpétua, com o exílio na África. O único condenado à morte foi Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), que foi enforcado e esquartejado, tendo os membros expostos em postes pelas ruas e estradas mineiras.
Tiradentes esquartejado, Pedro Américo, 2,70 x 1,65 m.

Conjuração Bahiana


Durante a guerra pela independência do Haiti, a produção de cana-de-açúcar deles foi destruída, dando destaque novamente ao açúcar brasileiro.
A carência, as más condições de vida e o descaso com a população e com a cidade criaram um ambiente propício para uma revolta na Bahia.
As ideias revolucionárias francesas que chegavam à capital baiana através de livros e panfletos ganhavam seguidores e tiveram forte apoio popular, recebendo nome até de "Revolta dos Alfaiates".
Com a ajuda de delatores, os principais envolvidos foram presos e a pena mais forte recaiu sobre negros e mulatos. Quatro deles foram condenados à morte, executados e esquartejados, como o que ocorreu com Tiradentes.


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